Vereadores cantagalenses solicitam informações sobre pilha de escória às margens do Rio Paraíba do Sul
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Preocupados com a situação da pilha gigante de escória (rejeito com grande quantidade de metais pesados), sem contenção e estocada a céu aberto às margens do Rio Paraíba do Sul, a Câmara Municipal de Cantagalo enviou ofício ao INEA – Instituto Estadual do Ambiente solicitando informações sobre o caso. Tal iniciativa é do vereador Hugo Guimarães (Avante) e recebeu o apoio de todos os demais vereadores.
Oriunda dos Altos-fornos e Aciaria da empresa CSN – Companhia Siderúrgica Nacional, a pilha de escória está localizada no bairro Brasilândia, na cidade de Volta Redonda/RJ, e vem sendo notícia em vários meios de comunicação. Além disso, diversas denúncias estão sendo feitas por parte de entidades de defesa ambiental, junto à Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e ao MPF – Ministério Público Federal, já que a mencionada pilha está alocada próxima ao Rio Paraíba do Sul, correndo sério risco de contaminar a água do rio.
O vereador Hugo Guimarães explica que o ofício busca informações sobre a real situação do caso, como fiscalizações realizadas, licenças ambientais para a referida área de armazenamento, confirmação se o referido depósito encontra-se em uma APP (Área de Preservação Ambiental), entre outros dados que possam vir a esclarecer o fato. “O nosso município, Cantagalo/RJ, faz parte do sistema hidrográfico do Rio Paraíba do Sul, e uma das preocupações é que parte dos rejeitos chegue ao rio, comprometendo assim o abastecimento da população de grande parte do estado, além de prejudicar trabalhadores que sobrevivem da pesca no Rio Paraíba do Sul”, justifica o vereador.
Recentemente, a Câmara Municipal de Volta Redonda instalou uma Comissão Parlamentar Especial para averiguar o risco de deslizamento da pilha de escória e deve iniciar os trabalhos de apuração nos próximos dias. Pelo menos 15 mil moradores de Volta Redonda sofrem diretamente com a poluição e com o risco iminente de contaminação. Problemas respiratórios e alérgicos são comuns, principalmente entre pessoas residentes em bairros próximos à pilha de escória, como Santo Agostinho, Volta Grande, Caieira, entre outros.